Fórum reuniu lideranças do mercado publicitário gaúcho, em Porto Alegre, para debater o uso da pesquisa no dia a dia das agências e o quanto essa ferramenta é estratégica e impacta o pacote de valor entregue aos clientes
Com a condução do presidente do Sinapro-RS, Juliano Brenner Hennemann, que abriu os trabalhos fazendo um overview das ações realizadas pela entidade no primeiro semestre, o debate contou com a participação de três painelistas convidados: Cleber Benvegnú, sócio-fundador da Critério Resultado em Opinião Pública; Ricardo Jaques, sócio-diretor da Engenho de Ideias; e Rafael Marques, gerente de planejamento da Global. Eles apresentaram as práticas e experiências de suas agências com o uso dessa ferramenta, sob a perspectiva da reputação de imagem, contas públicas e clientes privados.
Cleber Benvegnú abriu a explanação aproveitando a expertise da Critério para abordar o assunto sob a ótica da reputação. Ele explicou o que é reputação, qual é a sua dinâmica, como ela acontece e qual o papel da pesquisa nessa construção. “A pesquisa vem para compreender o cenário e as percepções. Ela serve ao valor e ao propósito da marca. Mas nem sempre a pesquisa dita o rumo a ser seguido porque nem sempre a opinião pública está certa, principalmente na política. Ela deve ser usada para gerar valor e não como única ferramenta de decisão; nesta dinâmica a pesquisa passa a fazer sentido”, defendeu.
Ricardo Jaques abordou o tema com o olhar do setor público, a partir do know-how da Engenho de Ideias. Ele compartilhou experiências e cases da agência com as pesquisas de opinião de clientes da seara pública, discorrendo sobre a importância dessa ferramenta, matriz estratégica, periodicidade ideal e o quanto o uso da pesquisa e suas técnicas engrandecem o trabalho da comunicação e das agências. “A riqueza da pesquisa está no fornecimento de informações e em enriquecer o conhecimento que se tem”, destacou.
Rafael Marques finalizou o painel tratando da pesquisa no universo da iniciativa privada. Ele mostrou, por meio de conceitos, práticas e cases, como a Global faz uso da pesquisa para orientar o trabalho criativo e auxiliar os criativos da agência na construção de estratégias para as campanhas e a comunicação dos clientes do setor privado, utilizando, muitas vezes, soluções simples e criativas. “Como fazemos isso no dia a dia? Fazendo perguntas com foco no que se quer descobrir, conhecer e entender. É de fundamental importância fazer as perguntas certas”, frisou.
Após a apresentação dos três painéis, seguiu-se uma rodada de debates e questionamentos, com mediação do presidente do Sinapro-RS, quando as lideranças presentes no encontro puderam expor as suas principais dores em relação ao tema abordado e trocar ideias e experiências com os painelistas. Hennemann lembrou que a pesquisa é vital para a indústria criativa, “pois direciona as estratégias, possibilita decisões mais assertivas e qualifica as entregas criativas e estratégicas das agências aos seus clientes”.
O Frente a Frente é exclusivo para agências associadas ao Sistema Sinapro/Fenapro, consolidando-se como um importante fórum para a troca de experiências, interação e discussão das boas práticas do mercado. O bate-papo entre as lideranças das empresas associadas tem como propósito trazer insights para potencializar o negócio das agências, reforçando o compromisso do Sinapro-RS com o fomento da gestão das associadas e com o fortalecimento do mercado criativo gaúcho. O evento tem apoio da Associação Riograndense de Propaganda (ARP) e da ESPM, e patrocínio da Rádio Alegria.
PARTICIPANTES AVALIAM O EVENTO E O TEMA
“Tenho recebido convites reiterados do Sinapro para participar das atividades do Frente e Frente e a pesquisa é um tema que trabalhamos bastante. Temos clientes dos três níveis, da política, públicos e privados, então foi um momento muito interessante poder ouvir os nossos parceiros de outras agências falando sobre um trabalho que a gente desenvolve no dia a dia. E é sempre muito importante poder estar agregando novas informações, novas experiências. O Sinapro está de parabéns, o evento foi excelente. Com certeza o que foi apresentado está muito alinhado com o nosso trabalho. Confesso que achei muito interessante a visão que o Rafa, da Global, trouxe, de usar pesquisas menos elaboradas e mais com insumos e recursos próprios da agência, pois começamos a avançar agora no terreno das novas tecnologias.”
Patricia Ferreira, diretora de atendimento da Veraz Comunicação
“Todos os Frente a Frente são ótimos para trocar experiências. Essa troca entre agências é fundamental, como o Juliano falou no início do evento, é uma coisa inédita, agência falando para outras agências, se expondo, isso realmente é fora do comum. E o tema da pesquisa é muito propício. A Conjunto está há 26 anos no mercado e tem muita coisa que a gente já sabe e já faz. Mas acaba sendo um momento para repensar, relembrar e reavaliar os nossos processos internos, ver aquilo que está sendo feito e o que os concorrentes estão fazendo e está gerando resultados. Para mim foi uma grande revisão de pontos que, no dia a dia, em função da correria, a gente acaba deixando um pouco para trás. Esse trabalho de pesquisa, infelizmente, é um deles, às vezes até por uma pressão do cliente que tem dificuldade de entender. No geral, os clientes são resistentes a realizar pesquisa, o que é pouco inteligente fazer comunicação sem ter background desse conhecimento.”
Rodrigo Rey, sócio-diretor da Conjunto
“Gosto muito do Frente a Frente porque acredito que uma categoria que discute os seus problemas está se treinando. E esses encontros são treinamentos para todos. Acho até que mais empresas deveriam vir porque a gente aprende demais aqui, muitas vezes até mais do que em um curso. Vemos como o outro faz, falamos dos nossos problemas e com tudo isso podemos aprender. E pesquisa é fundamental para as agências. O serviço precisa muito da pesquisa para mostrar o resultado do trabalho, para poder fazer um trekking da marca do cliente. Nesse encontro tivemos um bom exemplo disso. Três modelos bem diferentes de atuação, mas que podemos aprender com todos. O que foi apresentado está bastante alinhado com o que a SPR acredita. Usamos cada vez mais pesquisa e podemos usar mais ainda. Percebemos que os clientes gostam e acreditam, principalmente quando eles veem os resultados, não só o resultado da pesquisa, mas o que se faz com os dados e o quanto aquilo pode ser poderoso para a marca e o negócio.”
Gustavo Ermel, diretor de estratégia e inovação da SPR
Crédito das fotos: Agência Preview
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Julho/2024